Inteligência Emocional é definida como a capacidade de identificar e lidar com emoções e sentimentos, nossos e de outras pessoas. Essa é uma habilidade muito valiosa, pois nossas emoções a maneira como lidamos com situações da vida, assim como as emoções de outras pessoas afetam a maneira com que elas lidam conosco. Então, vale a pena entender o que é inteligência emocional e porque é uma habilidade que você deve desenvolver.
Como surgiu o termo Inteligência Emocional
O termo Inteligência emocional foi citado a pela primeira vez pelo naturalista Charles Darwin, se referindo a expressão emocional, mas raramente era questionado se haveria mais de um tipo de inteligência, além daquela que costuma ser medida em testes de QI, a inteligência lógico matemática.
Os 8 tipos de inteligência
Foi somente em 1990 que o psicólogo Howard Gardner elaborou a teoria, hoje amplamente aceita, de que existem 8 tipos de inteligência.
Inteligência Lógico – Matemática.
Inteligência Linguística.
Inteligência Corporal.
Inteligência Naturalista.
Inteligência Intrapessoal.
Inteligência Interpessoal.
Inteligência Espacial.
Inteligência Musical.
Os gênios da Inteligência lógico matemática eram pessoas como Albert Einstein ou Stephen Hawking, os da musical eram Beethoven e Mozart, os da espacial, pessoas como Oscar Niemeyer, Ayrton Senna e Santos Dumont tinham assim como os da corporal eram Pelé, Maradona e Mohamad Ali.
Howard Gardner explica que a maioria das pessoas tem no máximo duas dessas inteligências desenvolvidas, sendo raro um caso de alguém que possui as oito. O caso mais célebre talvez seja o de Leonardo Da Vinci, que foi brilhante como pintor, botânico, matemático, anatomista e inventor, sendo o que hoje consideraríamos um grande engenheiro, que antecipou inovações que só apareceriam séculos depois, como o submarino.
Daniel Goleman definiu o conceito de inteligência Emocional que temos hoje
O conceito de Inteligência Emocional como o conhecemos hoje se difundiu com o livro Inteligência Emocional de Daniel Goleman, publicado em 1995 e que já vendeu mais de 5 milhões de exemplares, sendo traduzido para dezenas de idiomas.
Psicólogo e jornalista científico, Daniel Goleman tornou o conceito de inteligência emocional acessível a todos, e um assunto de interesse de executivos, empresários, e de todas as pessoas que lidem com outras pessoas, ou seja, a imensa maioria de nós.
Goleman afirma que o sucesso de uma pessoa está 80% relacionado ou seu QE – Quociente de Inteligência Emocional e 20% ao seu QI, o Quociente de Inteligência tradicionalmente medido.
Não iremos discutir se essa proporção está certa, errada, ou se vale para todas as pessoas, porque talvez você conheça alguém que não seja emocionalmente equilibrado, mas acabou sendo bem-sucedido.
Mas é preciso concordar que ser excelente em fazer alguma coisa, ter uma inteligência acima da média, mas não conseguir lidar com as próprias emoções, ou as de outras pessoas, não contribui para o sucesso de ninguém, pessoal ou profissional.
Os 5 pilares da Inteligência Emocional
Daniel Goleman definiu 5 pilares da inteligência Emocional, que você pode desenvolver para aumentar suas soft skills. Eles são: Conhecer as próprias emoções, controlar as emoções, automotivação, empatia e relacionamento interpessoal.
Conhecer as próprias emoções
Você precisa conhecer suas próprias emoções e sentimentos para saber como eles irão influenciar em suas ações. É preciso saber quando estamos sentindo alegria, frustração, tristeza, entusiasmo, e entender como esses sentimentos podem nos fazem agir de uma maneira, ou de outra. Ou seja, é preciso desenvolver o autoconhecimento.
Controlar as emoções
A partir do momento em que conhecemos nossas emoções, podemos ter algum controle sobre elas. Mas essa talvez seja uma das partes mais difíceis, porque o nosso autoconhecimento pode ser enganoso, e a maneira como nos autoavaliamos pode não ser a mesma como as outras pessoas nos avaliam.
Por exemplo, você pode considerar a maneira como você se dirige a outras pessoas e chefia um grupo como assertivo. Mas as mesmas pessoas, de quem você se considera um excelente líder de equipe, podem ver sua forma de se comunicar como ríspida, autoritária, ou até agressiva.
Conhecer a maneira como outras pessoas nos percebem é fundamental para controlarmos nossas emoções.
Automotivação
Ter mais domínio sobre a percepção que criamos nas outras pessoas quando emitimos uma mensagem tem total relação com o gerenciamento das nossas próprias emoções, pois nos ajuda a racionalizar antes de tomar qualquer decisão, o que geralmente traz grandes benefícios.
Se você entende que precisa desenvolver a sua inteligência emocional, e isso inclui mudar algum tipo de comportamento, sua automotivação irá ajudá-lo a fazer isso. Algo completamente diferente de você pensar “eu sou assim, está bom para mim, e não vou mudar”.
Empatia
Empatia é uma palavra que é muito utilizada em um contexto positivo, mas que muitas pessoas desconhecem o significado real. Empatia diz respeito a se inserir no contexto em que o outro está.
Quando falamos em inteligência emocional, em conhecer e controlar as nossas próprias emoções, nos ajuda muito ter empatia, nos colocarmos no contexto da outra pessoa, para tentar entender as emoções que ela está sentindo, e como isso afetará as suas ações e a sua comunicação conosco.
Quanto mais escolhemos ter empatia, mas conseguimos aumentar a nossa inteligência emocional, pois, entendendo os estímulos que podem vir das outras pessoas, controlamos melhor as nossas próprias reações.
Saber se relacionar interpessoalmente
Saber se relacionar bem com outras pessoas é fundamental para o sucesso, seja ele pessoal, familiar ou profissional. E para isso, precisamos equilibrar nossa autoconsciência, autocontrole e empatia.
Quando falamos em desenvolver a inteligência emocional, falamos de saber lidar bem com os estímulos que os relacionamentos interpessoais nos trazem, positivos e negativos, o que nos ajuda em situações de liderança, negociação e na construção de networking.
Porque você deve desenvolver sua inteligência emocional para ter sucesso profissional
No mundo corporativo de hoje, cada vez mais os aspectos técnicos, que eram supridos pelas chamadas hard skills, vêm sendo atendidos pelos avanços tecnológicos, como a Inteligência Artificial.
Nesse contexto, as habilidades relacionadas à inteligência emocional, que já eram consideradas responsáveis por 90% do que diferencia os profissionais de alto desempenho de seus colegas de trabalho com habilidades e conhecimentos técnicos semelhantes, se tornam ainda mais relevantes.
A capacidade de entender e gerenciar suas próprias emoções, reconhecer e influenciar as emoções das pessoas ao seu redor, é fundamental para qualquer profissional, mas principalmente para os líderes.
Um líder que não possui inteligência emocional traz consequências críticas para sua organização, como baixo engajamento dos funcionários e altas taxas de rotatividade, além de tomar decisões erradas e impensadas.